Organização pode facilitar captação de recursos

2 de setembro de 2020 às 10:51

Uma das principais dificuldades que os gestores têm enfrentado durante a pandemia é a captação de recursos. Mas, se houver uma organização mais racional, com diálogo com a sociedade, a situação ainda pode ser diferente e os gestores podem ficar melhores amparados. Essa foi a recomendação do professor Einstein Paniago, que participou da última live da Megasoft Informática, realizada na última terça-feira (01), com o diretor técnico da empresa, José Hosanan.

De acordo com Paniago, a falta de organização é a principal causa de uma má captação junto às empresas e os gestores precisam rever isso. Ele exemplifica a gestão de Aparecida de Goiânia como um modelo que teve êxito na pandemia, já que há uma previsão clara no município. A cidade possui uma pasta específica, a Secretaria de Projetos e Captação de Recursos, da qual ele é o titular.

Ele entende que os outros municípios precisam ter alguém responsável especificamente pelo atendimento, senão pode haver perda de receita. “Muitas vezes você perde esses recursos ou você perde parte desta captação”, explica.

Para tal, é preciso adequar o orçamento às novas realidades, como foi o caso da pandemia de Covid-19. Nestes casos, Einstein explica que é preciso fazer um reajuste, dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), para saber se há a necessidade de atualização orçamentária e também para avaliar os índices de ações da gestão. “Uma captação mal feita também impõe dificuldades que, na hora da prestação de contas, vai atrapalhar, porque não é possível mensurar quais foram os gastos”, comentou o professor.

Municípios menores

A pasta é realidade em municípios maiores, no entanto, nos municípios menores ainda há pouca integração entre empresas e gestão. Isto acontece porque nas cidades maiores as empresas atuam de forma mais efetiva e os empresários de municípios menores precisam atuar de forma mais contundente.

“É este diálogo da sociedade que traz uma maior interação entre a gestão pública e as empresas. Por isso, há uma participação social bem pequena nos municípios menores”, explica Paniago, que recomenda uma atuação mais efetiva dos empresários de municípios menores. “Se a pandemia nos ensinou algo, foi a ser mais solidário, mais participativo”, conclui.

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